domingo, 10 de maio de 2009

SOFTWARE LIVRE



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
ATIVIDADE N° 2215: SOFTWARE LIVRE
PROFESSORA: MARIA HELENA BONILLA
ORIENTAÇÃO: SOLANGE MACIEL
CURSISTAS: MARIA LEIDE NERES, MARLUCIA ROZA DA SILVA FARIAS SANTOS


SOFTWARE LIVRE

Em abril de 2009 eu Maria Leide Neres Nunes e Marilucia Roza da Silva Farias Santos entrevistamos a coordenadora pedagógica da Escola Municipal José Francisco Nunes Ieda Marques Rocha – Laboratório de Informática; Ariston Eduão Pereira – Pontos de Cultura; Claudeci Nunes – Infocentro de Itapicuru acerca do uso do software livre tendo bom base o questionário sugerido na atividade de Software livre com professora Maria Helena Bonilla.
Segundo o Plano Diretor de Irecê no seu Capítulo VIII Da ciência e da tecnologia, Art. 15 e inciso III que assim propõe: Implantar o uso de Software Livre no município como política publica voltada à universalização da cultura digital, leva a cada cursista participante da atividade 2215 – Software Livre a uma nova maneira de pensar a cultura digital no nosso município.
Conforme as perguntas da entrevista, como conheceu, tempo de uso, o uso, benefícios e/ou vantagens, suporte técnico, público, capacitação, políticas públicas, conhecimentos necessários, visão sobre software, Plano Diretor e as metas, os entrevistados foram respondendo e nos dando uma visão de como é realmente o uso do software na escola José Francisco Nunes, Pontos de Cultura e Infocentro.
A chegada do Software Livre se deu a partir do início do curso em Licenciatura em Pedagogia UFBA/FACED/Irecê no ano de 2003, por meio dos projetos que vieram através deste.

PONTO DE CULTURA – CIBER PARQUE ANÍSIO TEIXEIRA

Os Pontos de Cultura, segundo Ariston Eduão – responsável pelo Ponto de Cultura Anísio Teixeira em Irecê, se deu a partir do Projeto Introdução a Tecnologia em uma das atividades oferecidas pelo curso em Licenciatura em Pedagogia UFBA/Irecê. Os Pontos de Cultura estão diretamente ligados porque foram políticas desenvolvidas na esfera Federal, mas que agora são de inteira responsabilidade do Governo Municipal de Irecê. As oficinas oferecidas pela Universidade Federal da Bahia foram as principais responsáveis pela disseminação do Software Livre entre os professores de Irecê e esses para uma certa parte da população através das oficinas oferecidas pelo Ciber Parque Anisio Teixeira. Segundo o professor Ariston Eduão, o softwre livre vem sendo apresentado à região desde o ano de 2003. A migração maior para software livre se deu por parte dos professores cursistas, nesse mesmo ano, mas as escolas, não todas, somente começaram a usar o softwre livre em escala maior somente com a chegada dos infocentros e laboratórios de informática. Faz necessário deixar claro aqui, que na maioria das escolas, se não forem todas, apenas os micros usados pelos alunos que tem softwre livre, pois os micros ligados a parte administrativa não usam softwre livre, segundo ele, os funcionários argumentam a dificuldade em abrir determinados programas oriundos de outros setores que não usam o software livre. O sistema operacional utilizado é muito variado, desde Ubuntu ao Fedora. Uma das maiores vantagens é por ser um sistema livre e gratuito, é também imune a vírus, são programas mais leves, além de não necessitar da troca de Hardware.
Problemas não, mas desafios! O suporta as maquinas é feito pelo próprio ponto de cultura através dos jovens que são formados lá. O principal público desse ambiente é a comunidade irecense. A capacitação para o uso do software foi e continua sendo feita através das oficinas. Os conhecimentos para utilização do software livre são construídos por meio de estudos e da própria prática. Para o professor Ariston Eduão o software livre é um sistema que ao longo do tempo vem ganhando força principalmente depois de ter se tornado uma política publica Federal, visto que muitos espaços públicos já estão utilizando, principalmente no processo de inclusão digital.

CENTRO DE INCLUSÃO DIGITAL DE ITAPICURU

O Centro de Inclusão Digital em Itapicuru é resultado de Política Pública do Governo Federal. O infocentro foi inaugurado na Vila de Itapicuru em 2007, contando com apoio da Prefeitura Municipal de Irecê. Segundo Claudeci Nunes, agente de inclusão digital, o software livre chegou junto com o infocentro, uma vez que, as máquinas já vieram usando o software livre Linux. A agente só veio conhecer o software livre a partir da sua entrada no Centro de Inclusão, como funcionária, agora no ano de 2009. No centro de inclusão, se usa tanto o Ubuntu quanto Fedora.Quanto aos benefícios, a agente, pelo que observou, é mais fácil de manusear e também porque não pega vírus. Até agora ela não encontrou problema, já até pensa em migrar para o sistema na sua casa. O suporte é dado pelo Ciber Parque Anísio Teixeira, como oficinas e cursos. Toda comunidade de Itapicuru usufrui do centro de inclusão, pois até cursos de informática já foi oferecido para população. Os conhecimentos estão sendo adquiridos com a própria prática e através das oficinas oferecidas pelo laboratório de informática da escola Jose Francisco Nunes, uma vez que o centro de inclusão se encontra em reforma, assim todos os agentes prestam serviço à escola e com isso estamos recebendo toda capacitação.

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ FRANCISCO NUNES

Somente agora em 2009 que a escola passou usar o software, informação facilitada pela Coordenadora pedagógica da Escola Municipal José Francisco Nunes, terceira unidade a ser visitada por mim Maria Leide Neres Nunes e Marilucia Roza da Silva Farias Santos, a escola só começou a usar o software livre a partir da chegada do laboratório de informática. O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais, a sua atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública. Os equipamentos possuem o sistema operacional Linux Educacional, software livre criado especialmente para as escolas brasileiras, contendo diversas ferramentas de produtividade. Este laboratório de informática da escola e também como instituição foi contemplada com um projeto de pesquisa, onde recebeu uma determinada quantia em dinheiro, isso fez com que adquirisse mais uma máquina configurada com o sistema livre. Então hoje a escola possui 08 micros e desses apenas dois que não estão configurados com o sistema livre, um devido a falta de uma determinada peça para que possa formatá-lo e configurá-lo com o sistema livre e o outro, da parte administrativa, porque as secretarias ainda não estão aceitando livremente o uso do software livre, defendendo que ele é mais difícil e que elas estão acostumadas com o software proprietário.
O Software livre era restrito somente ao centro de inclusão que foi inaugurado no ano de 2007. A migração, como foi já dito se deu a partir dessas políticas públicas do Governo Federal com a doação de um laboratório de informática e Governo Estadual com a abertura do INFOCENTRO, a participação da escola nos projetos de pesquisa da FAPESB e do RIPE pela Universidade Federal da Bahia.
Segundo a coordenadora, os benefícios e as vantagens vem a partir do uso da tecnologia como mecanismo estruturante e fundante para construção do conhecimento e também como meio de tirar alunos, alunas e educadores da condição de meros consumidores e elevá-los a condição de construturores de conhecimento.
Para a coordenadora agora em 2009 os problemas diminuíram muito, pois o número de pessoas que adquiriram conhecimento nessa área foi muito grande e assim também facilitou a manutenção de maquinas e capacitação de pessoas, através da aproximação do ponto de cultura com as oficinas e cursos em pareceria com a Universidade federal da Bahia através do projeto RIPE, além de aumentar o número de migrantes do software proprietário para o software livre. O suporte hoje na escola é feito com ajuda de professores e do pessoal do ponto de cultura, além de técnicos capacitados e também da empresa ORCA habilitada em software livre.
Hoje o público é variado, que vai desde donas de casas, motoristas até alunos e professores, uma vez que muitos estão cursando nível superior e a maioria das faculdades de Irecê usa o software livre. Pela nossa conversa com a coordenadora os conhecimentos para o uso do software livre começa a partir do nosso contato com o software e o interesse em participar de cursos que facilitem a compreensão do seu uso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos através destas entrevistas que a inclusão digital vem se tornando prioridade tanto na esfera federal quando na municipal, uma vez que, a divulgação é feita de modo visível e está sendo acessível às localidades urbanas e também as rurais. É como afirma Sergio Amadeu da Silveira (2001) “A luta pela inclusão digital pode ser uma luta pela globalização contra-hegemônica se dela resultar a apropriação pelas comunidades e pelos grupos sociais socialmente excluídos da tecnologia da informação”. Assim, estamos vendo que, através de uma Política Pública Federal, que é a formação de professor, nós somos beneficiadas com a inclusão digital, por ser também uma Política Pública Federal.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Exclusão digital: a miséria na era da informação. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.
ProInfo.Programa Nacional de Informática na Educação. http://www.inclusaodigital.gov.br/inclusao/. Acessado em 16 de abril de 2009.

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