quinta-feira, 28 de maio de 2009



Reflexão sobre o vídeo

domingo, 10 de maio de 2009

SOFTWARE LIVRE



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
ATIVIDADE N° 2215: SOFTWARE LIVRE
PROFESSORA: MARIA HELENA BONILLA
ORIENTAÇÃO: SOLANGE MACIEL
CURSISTAS: MARIA LEIDE NERES, MARLUCIA ROZA DA SILVA FARIAS SANTOS


SOFTWARE LIVRE

Em abril de 2009 eu Maria Leide Neres Nunes e Marilucia Roza da Silva Farias Santos entrevistamos a coordenadora pedagógica da Escola Municipal José Francisco Nunes Ieda Marques Rocha – Laboratório de Informática; Ariston Eduão Pereira – Pontos de Cultura; Claudeci Nunes – Infocentro de Itapicuru acerca do uso do software livre tendo bom base o questionário sugerido na atividade de Software livre com professora Maria Helena Bonilla.
Segundo o Plano Diretor de Irecê no seu Capítulo VIII Da ciência e da tecnologia, Art. 15 e inciso III que assim propõe: Implantar o uso de Software Livre no município como política publica voltada à universalização da cultura digital, leva a cada cursista participante da atividade 2215 – Software Livre a uma nova maneira de pensar a cultura digital no nosso município.
Conforme as perguntas da entrevista, como conheceu, tempo de uso, o uso, benefícios e/ou vantagens, suporte técnico, público, capacitação, políticas públicas, conhecimentos necessários, visão sobre software, Plano Diretor e as metas, os entrevistados foram respondendo e nos dando uma visão de como é realmente o uso do software na escola José Francisco Nunes, Pontos de Cultura e Infocentro.
A chegada do Software Livre se deu a partir do início do curso em Licenciatura em Pedagogia UFBA/FACED/Irecê no ano de 2003, por meio dos projetos que vieram através deste.

PONTO DE CULTURA – CIBER PARQUE ANÍSIO TEIXEIRA

Os Pontos de Cultura, segundo Ariston Eduão – responsável pelo Ponto de Cultura Anísio Teixeira em Irecê, se deu a partir do Projeto Introdução a Tecnologia em uma das atividades oferecidas pelo curso em Licenciatura em Pedagogia UFBA/Irecê. Os Pontos de Cultura estão diretamente ligados porque foram políticas desenvolvidas na esfera Federal, mas que agora são de inteira responsabilidade do Governo Municipal de Irecê. As oficinas oferecidas pela Universidade Federal da Bahia foram as principais responsáveis pela disseminação do Software Livre entre os professores de Irecê e esses para uma certa parte da população através das oficinas oferecidas pelo Ciber Parque Anisio Teixeira. Segundo o professor Ariston Eduão, o softwre livre vem sendo apresentado à região desde o ano de 2003. A migração maior para software livre se deu por parte dos professores cursistas, nesse mesmo ano, mas as escolas, não todas, somente começaram a usar o softwre livre em escala maior somente com a chegada dos infocentros e laboratórios de informática. Faz necessário deixar claro aqui, que na maioria das escolas, se não forem todas, apenas os micros usados pelos alunos que tem softwre livre, pois os micros ligados a parte administrativa não usam softwre livre, segundo ele, os funcionários argumentam a dificuldade em abrir determinados programas oriundos de outros setores que não usam o software livre. O sistema operacional utilizado é muito variado, desde Ubuntu ao Fedora. Uma das maiores vantagens é por ser um sistema livre e gratuito, é também imune a vírus, são programas mais leves, além de não necessitar da troca de Hardware.
Problemas não, mas desafios! O suporta as maquinas é feito pelo próprio ponto de cultura através dos jovens que são formados lá. O principal público desse ambiente é a comunidade irecense. A capacitação para o uso do software foi e continua sendo feita através das oficinas. Os conhecimentos para utilização do software livre são construídos por meio de estudos e da própria prática. Para o professor Ariston Eduão o software livre é um sistema que ao longo do tempo vem ganhando força principalmente depois de ter se tornado uma política publica Federal, visto que muitos espaços públicos já estão utilizando, principalmente no processo de inclusão digital.

CENTRO DE INCLUSÃO DIGITAL DE ITAPICURU

O Centro de Inclusão Digital em Itapicuru é resultado de Política Pública do Governo Federal. O infocentro foi inaugurado na Vila de Itapicuru em 2007, contando com apoio da Prefeitura Municipal de Irecê. Segundo Claudeci Nunes, agente de inclusão digital, o software livre chegou junto com o infocentro, uma vez que, as máquinas já vieram usando o software livre Linux. A agente só veio conhecer o software livre a partir da sua entrada no Centro de Inclusão, como funcionária, agora no ano de 2009. No centro de inclusão, se usa tanto o Ubuntu quanto Fedora.Quanto aos benefícios, a agente, pelo que observou, é mais fácil de manusear e também porque não pega vírus. Até agora ela não encontrou problema, já até pensa em migrar para o sistema na sua casa. O suporte é dado pelo Ciber Parque Anísio Teixeira, como oficinas e cursos. Toda comunidade de Itapicuru usufrui do centro de inclusão, pois até cursos de informática já foi oferecido para população. Os conhecimentos estão sendo adquiridos com a própria prática e através das oficinas oferecidas pelo laboratório de informática da escola Jose Francisco Nunes, uma vez que o centro de inclusão se encontra em reforma, assim todos os agentes prestam serviço à escola e com isso estamos recebendo toda capacitação.

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ FRANCISCO NUNES

Somente agora em 2009 que a escola passou usar o software, informação facilitada pela Coordenadora pedagógica da Escola Municipal José Francisco Nunes, terceira unidade a ser visitada por mim Maria Leide Neres Nunes e Marilucia Roza da Silva Farias Santos, a escola só começou a usar o software livre a partir da chegada do laboratório de informática. O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais, a sua atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública. Os equipamentos possuem o sistema operacional Linux Educacional, software livre criado especialmente para as escolas brasileiras, contendo diversas ferramentas de produtividade. Este laboratório de informática da escola e também como instituição foi contemplada com um projeto de pesquisa, onde recebeu uma determinada quantia em dinheiro, isso fez com que adquirisse mais uma máquina configurada com o sistema livre. Então hoje a escola possui 08 micros e desses apenas dois que não estão configurados com o sistema livre, um devido a falta de uma determinada peça para que possa formatá-lo e configurá-lo com o sistema livre e o outro, da parte administrativa, porque as secretarias ainda não estão aceitando livremente o uso do software livre, defendendo que ele é mais difícil e que elas estão acostumadas com o software proprietário.
O Software livre era restrito somente ao centro de inclusão que foi inaugurado no ano de 2007. A migração, como foi já dito se deu a partir dessas políticas públicas do Governo Federal com a doação de um laboratório de informática e Governo Estadual com a abertura do INFOCENTRO, a participação da escola nos projetos de pesquisa da FAPESB e do RIPE pela Universidade Federal da Bahia.
Segundo a coordenadora, os benefícios e as vantagens vem a partir do uso da tecnologia como mecanismo estruturante e fundante para construção do conhecimento e também como meio de tirar alunos, alunas e educadores da condição de meros consumidores e elevá-los a condição de construturores de conhecimento.
Para a coordenadora agora em 2009 os problemas diminuíram muito, pois o número de pessoas que adquiriram conhecimento nessa área foi muito grande e assim também facilitou a manutenção de maquinas e capacitação de pessoas, através da aproximação do ponto de cultura com as oficinas e cursos em pareceria com a Universidade federal da Bahia através do projeto RIPE, além de aumentar o número de migrantes do software proprietário para o software livre. O suporte hoje na escola é feito com ajuda de professores e do pessoal do ponto de cultura, além de técnicos capacitados e também da empresa ORCA habilitada em software livre.
Hoje o público é variado, que vai desde donas de casas, motoristas até alunos e professores, uma vez que muitos estão cursando nível superior e a maioria das faculdades de Irecê usa o software livre. Pela nossa conversa com a coordenadora os conhecimentos para o uso do software livre começa a partir do nosso contato com o software e o interesse em participar de cursos que facilitem a compreensão do seu uso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos através destas entrevistas que a inclusão digital vem se tornando prioridade tanto na esfera federal quando na municipal, uma vez que, a divulgação é feita de modo visível e está sendo acessível às localidades urbanas e também as rurais. É como afirma Sergio Amadeu da Silveira (2001) “A luta pela inclusão digital pode ser uma luta pela globalização contra-hegemônica se dela resultar a apropriação pelas comunidades e pelos grupos sociais socialmente excluídos da tecnologia da informação”. Assim, estamos vendo que, através de uma Política Pública Federal, que é a formação de professor, nós somos beneficiadas com a inclusão digital, por ser também uma Política Pública Federal.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Exclusão digital: a miséria na era da informação. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.
ProInfo.Programa Nacional de Informática na Educação. http://www.inclusaodigital.gov.br/inclusao/. Acessado em 16 de abril de 2009.

domingo, 3 de maio de 2009

REELEITURA DO PROJETO


O SACO DE LEITURA SERÁ O PROJETO QUE SUBSIDIARÁ OS DEMAIS PROJETOS DESENVOLVIDOS E EXECUTADOS PELA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ FRANCISO NUNES, BEM COMO SERVIRÁ DE NORTE PARA O PROJETO DE LEITURA DA PROFESSORA MARIA LEIDE NERES NUNES E OSENITA PEREIRA DE OLIVEIRA.
ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ FRANCISCO NUNES - ITAPICURU
PROJETO INTERDISCIPLINAR
COORDENADORA IEDA MARQUES ROCHA

NOME DO PROJETO
SACO DE LEITURA: uma biblioteca onde você estiver.

É PROBLEMATIZÁVEL porque é um trabalho voltado para a construção de conhecimento, levando em conta que a aprendizagem acontece em rede.


É DE FÁCIL INTEGRAÇÃO porque integram a ele todas as disciplinas e/ou temas relevantes para formação leitora, escritora de alunos e alunos, alunos e professores, alunos e comunidade.


É RELEVANTE porque leva a compreensão do que é ser um leitor crítico e que a leitura se faz necessária para uma vida escritora significativa.


PODE PROVOCAR MUDANÇAS NAS ESTRUTURAS MENTAIS porque leva ao educando perceber a importância da leitura nas esferas sociais, políticas, filosóficas, culturais e antropológicas.


É PASSÍVEL DE ATINGIR OBJETIVOS porque este projeto está integrado aos planejamentos de aula, atividades seqüenciadas, permanentes, contextualizadas e descontextualizadas, conforme as especificidades e a heterogeneidade de cada sala.


OBJETIVOS a serem alcançados serão conforme os elencados por cada educador nas disciplinas afins.


AÇOES PLANEJADAS PARA ENVOLVER:

PROFESSORES
§ Saco de leitura
§ Boletim de socialização


ALUNOS
§ Saco de leitura
§ Jornal do saco
§ Roda de prosa
§ Apresentação Cultural
§ Chá de Leitura
§ Blog do Saco


COMUNIDADE
§ Saco de leitura
§ Jornal do saco
§ Roda de prosa
§ Aula interativa


POSSÍVEIS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS (CRIADAS, PESQUISADAS, INVESTIGADAS, ETC.) EM:

PORTUGUÊS
§ Concurso de leitura
§ Ficha de leitura
§ Resenha
§ Concurso literário
§ Concurso de trava-línguas


MATEMÁTICA
§ Gerenciamento de empréstimo dos livros
§ Ficha de leitura
§ Organização do saco


CIÊNCIAS
§ Estatuto de cuidados para com os livros
§ Exposição de plantas medicinais
§ Árvore Medicinal


HISTÓRIA
§ Confecção e organização dos livros no saco


EDUCAÇÃO FÍSICA
§ Socialização do saco
§ Caminhada do saco


FILOSOFIA
§ Publicidade das leituras


INGLÊS
§ Blogs


ARTE
§ Decoração
§ Socialização



AVALIAÇÃO DAS AQUISIÇÕES DOS ALUNOS
§ Produção individual ou coletiva
§ Exposições
§ Painéis
§ Seminário



SISTEMA (S) DE APRESENTAÇÃO/EXPOSIÇÃO DO PROJETO
§ 1º Encontro de leitores do “Saco de Leitura”
§ 1º Encontro da Semana do Folclore
§ 2º Encontro de Leitores do Saco



SISTEMA (S) DE AVALIAÇÃO DO PROJETO

§ Seminário
§ Encontro periódicos ( com planejamento prévio) para troca de experiência entre alunos e alunos, professores

COMENTÁRIOS

2009 é o segundo do projeto do Saco de Apoio à Leitura, só qu desta vez temos como um dos objetivos o incentivo á leitura.



OFICINA DE IMAGEM



AO TENTAR FAZER ALGO PARA OFICINA DE IMAGEM, JAMAIS IMAGINARIA QUE VIESSE ENCONTRAR UMA FERRAMENTA QUE ME AJUDASSE A FAZER O QUE ESTAVA COM VONTADE: COLOCAR EFEITOS NA IMAGEM ESOLHIDA, ENTAO AGORA COM OS VIDEOS SOBRE O GIMP E TAMBÉM AS OFICINAS OFERECIDAS TUDO ISSO FICOU FACIL E PORQUE ESTOU ENTENDENDO UM POUCO MELHOR A LINGUAGEM USADA, SABENDO DIFERENCIAR ALGUMAS PALAVRAS QUE ATÉ ENTAO ME ERAM COMPLETAMENTE DESCONHECIDAS COMO: SOFTWAELIVRE, GIMP,GIMP, GIMP, CINELERRA, FERRAMENTA DE PRODUÇÃO ETC.

sábado, 2 de maio de 2009



FOTOS

SOFTWARE LIVRE

No dia 08 de abril de 2009 eu Maria Leide Neres Nunes e Marilucia Roza da Silva Farias Santos entrevistamos a coordenadora pedagógica da Escola Municipal José Francisco Nunes Ieda Marques Rocha acerca do uso do software livre tendo bom base o questionário sugerido na atividade de Software livre com professora Maria Helena Bonilla.
Segundo o Plano Diretor de Irecê no seu Capítulo VIII Da ciência e da tecnologia, Art. 15 e inciso III que assim propõe: Implantar o uso de Software Livre no município como política publica voltada à universalização da cultura digital, leva a cada cursista participante da atividade 2215 – Software Livre a uma nova maneira de pensar a cultura digital no nosso município.
Conforme as perguntas da entrevista, como conheceu, tempo de uso, o uso, benefícios e/ou vantagens, suporte técnico, público, capacitação, políticas públicas, conhecimentos necessários, visão sobre software, Plano Diretor e as metas, a coordenadora foi respondendo e nos dando uma visão de como é realmente o uso do software na escola José Francisco Nunes. A chegada do software livre se deu a partir do inicio do curso em licenciatura em pedagogia UFBA/Irecê no ano de 2003, ainda assim o seu uso era restrito somente ao centro de inclusão que foi inaugurado no ano de 2007. somente agora em 2009 que a escola passou usar o software, pois o Proinfo disponibilizou um laboratório de informática para escola e também a instituição foi contemplada com um projeto de pesquisa onde recebeu uma determianda quantia em dinheiro e isso fez com que adquirisse mais uma maquina configurada com o sistema livre. Então hoje a escola possuem 08 micros e desses apenas um que não está configurado com o sistema livre devido a falta de uma determinada peça para que possa formata-lo e configura-lo com o sistema livre.
A migração, como foi já dito se deu a partir dessas políticas públicas do Governo Federal com a doação de um laboratório de informática e Governo Estadual com a abertura do INFOCENTRO, a participação da escola nos projetos de pesquisa da FAPESB e do RIPE pela Universidade Federal da Bahia.
Segundo a coordenadora os benefícios e as vantangens vem a partir do uso da tecnologia como mecanisno estruturante e fundante para construção do conhecimento e também como meio de tirar alunos, alunas e educadores da condição de meros consumidores e eleva-los a condição de construturores de conhecimento.
Para a coordenadora agora em 2009 os problemas diminuíram muito, pois o número de pessoas que adquiriram conhecimento nessa área foi muito grande e assim também faciliotu a manutenção de maquinas e capacitação de pessoas, além claro e aumentar o numero de migrantes do software proprietário para o software livre. o suporte hoje na escola é feito com ajuda de professores e do pessoal do ponto de cultura, além de técnicos capacitados e também da empresa ORCA habilitada em software livre.
Hoje o público é variado, que vai desde donas de casas, motoristas até alunos e professores, uma vez que muitos estão cursando nível superior e a maioria das faculdades de Irece usa o software livre. Pela nossa conversa com a coordenadora os conhecimentos para o uso começa a partir do nosso contato com o software livre e o interesse em participar de cursos que facilitem a compreensão do seu uso.

RELATÓRIO DA OFICINA DE ALFBETIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA-SÉRIES/INICIAIS
PROJETO IRECÊ CICLO DOIS 2009.2
ATIVIDADE N° 2216: ALFABETIZAÇÃO
PROFESSORA: GEOVANA ZEN
ORIENTAÇÃO: SOLANGE MACIEL
CURSISTAGICÉLIA BATISTA NUNES , ARIANDENES E MARIA LEIDE NERES


RELATÓRIO
OFICINA DE ALFABETIZAÇÃO


Irecê
2009


INTRODUÇÃO
“A escola não alfabetiza, ela dá continuidade a um processo de alfabetização já em pleno desenvolvimento”.
(Paulo Freire)

Aqui está um trabalho feito após a reflexão de uma atividade proposta pela professora Geovana Zen, na oficina de alfabetização para a aplicação de um diagnóstico em uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental de Nove Anos na sala da professora Joselia Barreto Nunes, turma com 23 alunos. Essa turma é de alunos de uma escola de bairro periférico. A Escola Municipal Paraíso, que fica localizada no bairro Paraiso, a uma distancia de mais ou menos três quilômetro do centro da cidade. São alunos que a grande maioria não tinham frequentado a escola antes, estando no seu primeiro ano escolar.
Foi aplicada inicialmente uma avaliação diagnóstica com os 23 alunos da turma. Sendo realizado de um em um aluno com a escrita de uma lista de brinquedos, com o objetivo de mapear as hipótese de escrita e leitura nessa turma, representado em uma tabela a análise dos resultados obtidos na aplicação do diagnóstico, atividade realizada com uma amostra dos 23 alunos abaixo descritos, demonstrando que 02 crianças encontram-se no nível Alfabético, pois já realizam sistematicamente uma análise sonora das palavras que escrevem.
Verificamos também, que eles já conseguem distinguir o que são letras, sílabas e palavras, identificando frases curtas, 06 estão no nível silábico alfabético, visto que neste nível a criança conhece todas as letras do alfabeto, mas poderá colocar qualquer letra para algumas sílabas, deixando a palavra com escrita confusa, não apresentando forma fixa para escrita. 04 estão com o nível silábico sem valor sonoro, pois sua leitura e escrita é silábica, porém ainda não realizam sistematicamente uma análise sonora das palavras que escrevem. 03 encontram-se com o nível silabico com valor sonoro, esses apresentam a segmentação quantitativa das palavras, tantos sinais gráficos quanto as vezes que se abre a boca para pronunciá-las, apresentando uma letra em cada silaba, demonstrando seu valor sonoro. 08 desses alunos estão com o nível pré-silabico, pois este apresentou uma escrita sem dar importância ao registro sonoro do que foi proposto para a escrita.

A escrita dos alunos pré silábicos são riscos típicos do ambiente alfabetizador, então percebemos que sabe que as letras servem para escrever, mas ainda não sabe como isto acontece, ou seja, não consegue formar claramente as sílabas e palavras, sendo que desses alunos, 05 estão escrevendo pré-silábico indiferente, sem noção da quantidade de letras usar, então escreve sem parar aleatoriamente e 03 já possui uma escrita diferenciada, isso é, já compreende o sistema de escrita que, palavra pequena escreve com menos letras e assim por diante. O mapeamento das hipóteses de escrita ficou assim representado:

TABELA DE HIPÓTESES DE ESCRITA

A ESCRITA
“ (…) não é um mero acessório. Não é apenas um “vestígio” ou uma “pegada”; é o suporte da construção de uma caminhada.”
Hesbeen, 200
ALUNO Pré-siláb/indif Pré-siláb/difer Silábc/ valor son Siláb/s/Val Siláb/Alfab Alfabético
Adriano X
Alisson X
Ana Karoline X
André X
Authierry X
Bruno X
Caio X
Caique X
Carlos Adré X
David X
Deivid X
Edmilson X
Eric Guilher X
Erica X
Gabriel X
João Victor X
Laís Xavier X
Levi X
Karine Kelly X
Sabrina X
Sabrina Lima X
Thales X
Marcos X


Depois do mapeamento das hipóteses de escrita e leitura dos alunos, em mãos, elaboramos o planejamento de uma aula com agrupamentos produtivos tendo como objetivo, levar as crianças a refletirem sobre o sistema de escrita, possibilitando desenvolver nos alunos habilidades leitoras e escritoras.

Depois de realizar a avaliação diagnóstica, faz-se necessário que o professor identifique os saberes de seus alunos logo no início do ano letivo. Esse levantamento é passo fundamental para organização das rotinas das salas de aula, assim como para o planejamento das intervenções do professor. Entretanto esse tipo de registro instrumentaliza o professor na identificação de como esses alunos iniciaram o ano letivo considerando posteriormente, seus avanços ou dificuldades.
A professora Joselia Barreto, ficou feliz com a atividade desenvolvida em sua turma, pois a mesma relata que estando na sua primeira semana com a turma, esta atividade possibilitou a identificação das hipóteses de escrita e leitura através do mapeamento, para então traçar estratégias significativas para o avanço da turma.


AMOSTRA DE DIAGNÓSTICOS DE CADA NÍVEL DE ESCRITA
Silábico s/ valor sonoro Pré-Silábico indiferente

Silábico com valor sonoro Silábico Alfabético


Pré silabico diferenciado alfabético

Escola Municipal Paraíso
Caminho 17 s/n
Fone: (074)36411052
E-mail:escolaparaiso2006@yahoo.com.br


PLANEJAMENTO DE AULA


Aula de agrupamentos produtivo

Turma: G- 06 (1º Ano do Ensino Fundamental de Nove Anos).
Tempo previsto: 50 minutos
Atividade: escrita e leitura "sistema de escrita"
Área: Lingua Portuguesa

Conteúdo:
* Alfabeto
* Desenvolvimento do raciocínio lógico
* Desenvolvimento da leitura e escrita
Objetivo:
Que as crianças reflitam sobre o sistema de escrita,


Encaminhamentos:
Consigna:


Hoje vocês irão trabalhar com uma atividade muito legal, na qual vamos agrupá-los com coleguinhas, para realização da atividade proposta, será um ajudando o outro certo? No entanto, serão três tipos de atividades, todas com um texto bem conhecidos de vocês, " pirulito". Alguém aqui desconhece essa musiquinha? Que bom que todos vocês aqui conhecem. Então vamos realizar a atividade e as professoras estarão passando perto de cada grupo para esclarecer qualquer dúvida, combinado?



AGRUPAMENTO PRODUTIVO:

POSSÍVEIS QUESTIONAMENTOS



Alunos Silábicos Alfabético com silábicos com valor sonoro
Leia novamente essa palavra. É essa mesma que você precisa? Com que letra começa?
Vamos relembrar a musiquinha. "Pirulito que bate bate" Que palavra vem em seguida?
Então vamos lá, é isso mesmo. Qualquer dúvida cante a musiquinha baixinho para relembrar. Todas as palavras que compõe a musica estão aí. Lembram que não pode sobrar e nem faltar nenhuma palavra.



Alunos Silabicos Alfabético com Alfabético
Vocês estão recebendo todas as letras que formam essa musiquinha.
Será necessário vocês lembrarem que não pode sobrar e nem faltar nenhuma letra.
Pensem, não está faltando nenhuma letra? Leiam novamente essa palavra.
Todos concordam com a escrita dela? Muito bem, então vamos pra a próxima palavra.
Ótimo! Eu sabia que vocês conseguiriam.



Alunos Pré-Silabicos com Silabico sem valor sonoro
Bom vocês estão com três conjuntos de letras para montar a musiquinha apresentada.
Vamos todos participar, podendo um colega ajudar o outro. Com que letra começa essa palavra? E onde está essa letra? Será mesmo essa letra? Falta mais uma letrinha? O que vocês acham?
Avaliação:
A avaliação será feita através da participação da turma, observando as hipóteses que cada um se encontra levando em conta a capacidade do raciocínio lógico, analise das reflexões sobre o sistema da escrita considerando o mapeamento feito através dos diagnósticos.

Na semana seguinte realizamos a atividade de agrupamentos produtiva com três tipos de atividades diferenciadas. As características concretas do alunado são importantes, pois como se trata de atividades que são realizadas em agrupamentos, saber o que os alunos já dominam é fundamental para organizar bons agrupamentos.
Decidimos trabalhar com a “música ‘pirulito” por ser um texto do conhecimento das crianças, onde agrupamos alunos silábico alfabéticos com silábicos com valor sonoro. Esses ficaram dois grupos de 03 crianças com a montagem da musica em palavras soltas, um grupo de 04 crianças, alfabéticos com silábicos alfabéticos e 03 grupos de alunos pré-silabico com os silábicos sem valor sonoro.
O que mais nos chamou atenção foi o quanto um tipo de atividade como essa leva a criança a refletir no processo de escrita com o colega, isso é a aprendizagem colaborativa, participativa e coletiva. A aluna Karine com a hipótese silábica com valor sonoro estava procurando a palavra "gosto" dizendo começar com a letra "o", só que Laís muito esperta estando silabica alfabética, encontrou a palavra e disse: Gosto começa com "g", enquanto isso, Karine ficou olhando para a palavra, falando baixinho, repetindo várias vezes, observando o valor sonoro saindo da sua boca.
Em relação ao processo de construção do sistema de representação da escrita e dos aspectos gráficos pelas crianças, é importante que o professor, busque compreender e valorizar o nível em que as crianças se encontram, questionando, criando conflitos, tanto por meio de perguntas, quanto na própria organização dos materiais com os quais as crianças irão trabalhar. Assim, as crianças não precisam pensar na sua estrutura e organização, concentrando-se nas letras que necessitam usar para formar palavras.

A aprendizagem da leitura e da escrita é de grande importância na vida da criança, para que esta adquira conhecimentos posteriores mais significativos, e cabe à escola propiciar um ambiente alfabetizador. Dos vinte e três alunos presentes, somente um aluno se recusou em participar da atividade proposta, mas com um pouquinho de insistência conseguimos inserindo-o ao grupo adequado a sua hipótese de escrita e leitura, apenas entretendo com as letras. Esse grupo ficou com três conjuntos de letras.

Apresentamos a atividade através da consigna, depois que organizamos eles em grupos, distribuímos os três tipos de atividades, também nos chamou atenção a questão dos agrupamentos e distribuição das atividades diferenciadas, sendo que em momento algum questionaram o porquê da atividade diferenciada.

Sempre trabalhamos com grupos maiores e é comum quando oferecemos atividades diferenciadas eles recusarem a fazer, questionando o porquê da diferença, talvez seja pela idade, que crianças de seis anos pode ainda não fazer esse tipo de comparação. Na realização da atividade alguns grupos demonstraram algumas dificuldades, por não compreender e interpretar o sistema de escrita como é o caso dos pré-silabicos com os silabicos sem valor sonoro.

No momento em que detectamos essas dificuldades, propomos que eles fizessem da forma que eles sabiam, usando intervenções com alguns questionamentos como: Quais as letras aqui presente que vocês conhecem? Então vamos lá, com que letra começa a pirulito? Quais letras vocês precisam para montar essa palavrinha? Vamos falar a palavra observando o som? Que letra tem esse som inicial? Entre outros. Depois das intervenções, os três grupos participaram ativamente da atividade, porém não conseguiram montar o texto corretamente, utilizavam mais letras do nome deles. O mais interessante que achamos é que também os alunos não entravam em conflito pela diferença das letras utilizadas no nome da cada um.
Nada mais apropriado do que o poema intitulado Aula de Leitura de Ricardo de AZEVEDO (1995, pp.41-42) para ilustrar essa idéia:
A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
Vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas do mar,
se é hora de navegar;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
e também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
Uma arte que dá medo
a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.

No caso de leitura, a atividade trabalhada nessa aula é de fundamental importância para a sua formação leitora, ajustamos a leitura ao texto que já conheciam de memória (que foi ,a letra da músicas pirulito). É uma atividade que requer uma atenção toda especial por parte do professor alfabetizador, porque é necessário dar atenção a todos os grupos com intervenções dinâmicas e inteligentes. Segundo FREIRE, “a leitura de mundo precede a da palavra” (1985, p.11), com isso querendo alertar para o respeito que devemos ter com essa leitura de mundo de nossos alunos, pois esta se inicia muito cedo, antes mesmo de aprender a decifrar o código, o professor propondo problemas ao aluno, lançando novas questões, sistematizando o saber construído, os alunos buscando resolver problemas, desafios, mobilizando instrumentos já conhecidos, experiências vividas, sem a intervenção direta do professor. Nesse sentido, ensinar é planejar a intervenção, realizá-la e refletir sobre ela, de modo que o aluno aprenda sendo sujeito da construção de seu próprio conhecimento, na interação com os professores e os colegas.


Ainda nos fala Freire1985, chamando atenção para a idéia de que, desde o início da vida, o homem capta, através dos sentidos, o mundo a sua volta e estabelece com ele interações: os sons, cheiros, sabores, texturas, imagens que fazem parte do universo que está a sua volta , constituindo-se no processo de leitura, para ele, se o contexto que envolve a criança for rico em informações e dinâmico, provocador de novas situações estimulantes para se comunicar, mais preparada estará para o processo efetivo de alfabetização.
Tudo isso colabora para aguçar a percepção das coisas e contribui para essa leitura que antecede à da palavra escrita, foi o que presenciamos ao desenvolver essa atividade.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Faz-se necessário destacar que, embora seja muito importante, a linguagem escrita não deve ser o único aspecto a ser privilegiado nas propostas pedagógicas das escolas no seu trabalho com as crianças que ingressam aos seis anos no ensino fundamental. Provavelmente há diferenças individuais no grupo em relação ao conhecimento, mesmo estando a criança no mesmo nível de escrita e leitura, com esse tipo de atividade a aprendizagem podem ser esperados e o que precisa ser enfocado com intensidade durante o processo, visando o alcance dos objetivos propostos.
Antes de iniciar a aula, ficamos um pouco apreensivas diante de tamanha diferenças de habilidades, acreditando não conseguir alcançar o objetivo da atividade proposta "Levar o aluno refletir sobre o sistema de escrita", porém os resultados foram totalmente inesperados. No entanto, percebemos que os problemas e dificuldades são constantes nas escolas, porém ficamos angustiadas com os resultados do diagnóstico, mas ao mesmo tempo satisfeitas com a realização das atividades, sabendo que contribuímos com o trabalho da professora Joselia Barreto, pois ali entregamos o mapeamento do diagnóstico e juntamente sugestões de atividades com agrupamentos produtivos, uma vez que, apesar de tratando-se de escolas pública, que atende uma clientela de classe baixa, vimos que este aspecto tem pouca interferência nos avanços da aprendizagem, principalmente nas Escola da Rede Municipal de Irecê, pois, os professores tem desempenhado um excelente trabalho pedagógico, demonstrando entusiasmadas na melhoria do processo educativo, envolvendo todos os alunos tanto nas atividades de escrita como nas atividades de leitura, através de poesias, gravuras, músicas e dinâmicas diversificadas, respeitando a faixa etária e o nível de aprendizagem de cada criança.
Acreditamos que transformação é possível e que a escola pública ainda é a “porta” de entrada da camada social baixa, para alcançar uma posição social mais estável. Haja vista que, a maioria das crianças demonstram determinação em aprender, pois, no momento da aplicação das atividades práticas, todos queriam participar de forma espontânea, esforçando-se para fazer o melhor dentro de seus limites. Então, podemos dizer que é necessário estabelecer um processo de interação entre a escola e a família para que juntos possam contribuir para uma aprendizagem realmente prazerosa e significativa. Nessa fase, é muito importante resaltar que sejam desenvolvidas propostas voltadas para a construção da autonomia da criança, na perspectiva do autocuidado; para a vivência dos movimentos no espaço, estruturando sua corporeidade; para a exploração do mundo físico e social.
Nesse sentido, o desenvolvimento de projetos de trabalho possibilita o uso da leitura e da escrita em situações contextualizadas, com sentido e significado para as crianças. Mas os projetos não são momentos exclusivos de uso desse instrumento. É possível pensar no trabalho com a linguagem escrita em atividades de rotina, como a chamada, o planejamento, a avaliação, entre outras, além de situações em que a leitura e a escrita têm significado, sem necessariamente estarem ligadas a um projeto de leitura exemplo: Escrita de um bilhete, a leitura das regras de um jogo, a elaboração de uma lista de ingredientes de uma receita etc.

O desenvolvimento do processo da leitura e da escrita é de fundamental importância nas classes de alfabetização, pois a partir do momento em que a criança começa a ler e escrever passa a ter uma nova maneira de interpretar fatos que acontecem no mundo em que vive. Antes mesmo da criança saber ler socialmente, ou seja, ler como as pessoas alfabetizadas, já observa, pensam e vão adquirindo concepções individuais a respeito dos símbolos linguísticos. Tais concepções serão muito importantes para desenvolver a consciência do valor social da língua, que começam a ser construídas desde o nascimento.


REFERENCIAS

AZEVEDO, Ricardo. Dezenove Poemas Desengonçados. São Paulo: Ática, 1998, p.41-42
FRIERE,Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1985. pag .11 .